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Docentes da Unila encerram greve

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Após os técnicos Administrativos da Unila terem optado pelo fim da greve, foi a vez dos docentes se reunirem em assembleia para decidir pelo fim da greve, tendo em vista que no inicio do mês de agosto o governo deu por encerrado a negociação com a categoria, negociação essa feita com Proifes, que representa apenas 7 universidades das mais de 50 existentes no Brasil.


Informativo ADUNILA - 10 de setembro de 2012

As professoras e professores da UNILA votaram na assembleia do dia de hoje pelo encerramento da greve com ampla maioria, 45 votos contra 5. O reinício das atividades acadêmicas dependerá da negociação do calendário de reposição das aulas e da assinatura do acordo da pauta local com a reitoria da Unila, que deverá ocorrer ainda essa semana.

Os avanços da pauta local e os rumos da mobilização no quadro nacional foram determinantes para a decisão da retomada das atividades.

Os docentes da Unila já haviam rejeitado o simulado e desrespeitoso acordo do governo federal com o Proifes, como também, não cedeu às pressões e instrumentos de coerção do governo, tendo se comprometido, ainda que de maneira independente e autônoma, com a luta empreitada pela categoria.

O reajuste previsto na lei orçamentária e a reestruturação da carreira docente, proposta no projeto de lei 4.368/2012, traduzem os critérios negociados com o Proifes e continuam, portanto, rechaçados pelas professoras e pelos professores da Unila. A estratégia do governo demonstrou a absoluta falta de compromisso em discutir com profundidade as condições do ensino superior brasileiro.

O governo optou por ignorar a força da mobilização nacional, negando-se assim a discutir as razões da reestruturação da carreira, bem como a melhoria das condições de trabalho, ponto de fundamental importância, pois resulta dos problemas decorrentes da expansão das universidades, o que faz com que os imensos danos provocados pela greve sejam de total responsabilidade do próprio governo. 

No entanto, o encaminhamento ao congresso nacional abriu a necessidade de diálogo junto ao legislativo, enfraquecendo a greve como instrumento de pressão frente ao poder executivo. Nesse sentido, encerrar a greve significa apenas uma mudança estratégica da forma de luta, pois as reivindicações são legítimas e continuarão fundamentando a mobilização dos docentes da Unila, através de uma intensa inserção do seu sindicato e de manifestações diversificadas de luta.

A pauta local, condizente com as demandas das demais instituições envolvidas no movimento nacional, é bastante ampla e contempla, entre outros temas, a infraestrutura, o concurso de professores, a pós-graduação, a regulamentação da carreira no âmbito local, a seleção de professores bolsistas, bem como a institucionalização. A implementação das demandas e necessidades locais irá deflagar uma nova forma de funcionamento da Unila, que passará por um processo de transição que resultará na criação dos Institutos e dos órgãos definitivos da Universidade, uma fase que requer compromisso de toda a instituição, e onde o acompanhamento e cobrança dos acordos estabelecidos entre reitoria e docentes devem ser permanentes. Para isso, contamos com a colaboração e senso de coletividade de todos os segmentos da instituição para dar continuidade, em outros termos, à luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
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